Sugestões de Livros

MARIA INDICA

O CASO MOREL

“O caso Morel” (1973) é o primeiro romance policial de Rubem Fonseca. Um artista plástico e fotógrafo é acusado de matar uma de suas mulheres. É um homem promíscuo e de espírito livre e no texto que começa a escrever na prisão descreve as mulheres e os respectivos relacionamentos de forma detalhada e explícita. “O caso Morel” trata da complexidade do pensamento e comportamento humanos e é a porta de entrada de um mundo de personagens e cenários que identificamos nas páginas de jornal, nas notícias da internet, nas coberturas televisivas.

FELIZ ANO NOVO

A escrita de Rubem Fonseca é marcada pela rudeza como aborda a dicotomia da sociedade e a violência que permeia as relações: a opulência e o descaso dos ricos versus a miséria e a invisibilidade dos pobres. Os seus personagens são realistas sem serem caricatos e a maioria dos cenários são os centros urbanos descritos com minúcia de detalhes. “Feliz ano novo” (1975), um livro que reúne 15 contos, é considerado o livro mais polêmico de Rubem Fonseca tanto por ter desafiado a censura do regime da época e, consequentemente ter sido censurado, quanto pela exposição nua e crua da desigualdade social.

Os Assassinatos na Rua Morgue

“Os assassinatos na Rua Morgue” (1841) é o primeiro conto policial de Edgar Allan Poe e a primeira aventura do detetive C. Auguste Dupin e o primeiro conto a ser discutido no encontro do Clube da Maria.

Mãe e filha são encontradas mortas dentro da casa onde moravam sozinhas. Todas as portas e janelas estavam trancadas por dentro. Como entender tanta voracidade desferida contra duas frágeis mulheres? Qual teria sido a verdadeira motivação da matança? Afinal, quem teria cometido tais assassinatos?

Monsieur C. Auguste Dupin consegue elucidar o hediondo crime utilizando a lógica dedutiva, inocentar um homem injustamente acusado pelos assassinatos e ganhar o desdém do chefe de polícia de Paris.

DESAPARECIDAS

A analista criminal Fredrika Bergman e a equipe do inspetor Alex Recht são designados para investigar o brutal homicídio de Rebecca Trolle, uma jovem desaparecida dois anos antes, vista pela última vez a caminho de uma festa. Seu corpo é localizado numa cova rasa em uma remota área florestal e algum tempo depois outras vítimas são encontradas no mesmo local. Fredrika descobre que, à época de sua morte, Rebecca estava fazendo uma pesquisa para sua monografia sobre uma figura pública – alguém com um passado obscuro. A investigadora está profundamente envolvida com o caso, que a essa altura já não é para estômagos fracos, mas quando o nome de seu companheiro entra para a lista de suspeitos, a provação poderá ser grande demais para ela suportar…

Indesejadas

Uma garotinha desaparece de um trem com destino ao centro de Estocolmo. Em outra parte da Suécia, uma jovem vive oprimida pelo homem que um dia pensou ser seu príncipe encantado – e ela sabe melhor do que ninguém o motivo pelo qual a menina sumiu. A analista criminal Fredrika Bergman enfrenta dificuldades para ser aceita na equipe liderada pelo inspetor Alex Recht, que tem como braço direito o impetuoso investigador Peder Rydh. Fredrika, a única com formação acadêmica entre os policiais, trava uma difícil batalha para conduzir o caso por uma linha de investigação diferente daquela escolhida pelo restante da equipe. O caso ganha contornos dramáticos, e o que todos temiam não pode ser evitado. A equipe deve se apressar para chegar ao agressor antes que mais vidas sejam perdidas. Quanto tempo eles realmente terão até que o criminoso dê seu próximo passo?

Silenciadas

Quinze anos atrás: uma adolescente é surpreendida enquanto colhia flores para a celebração do solstício de verão e brutalmente violentada. No presente, um homem é morto em um atropelamento. Ele não tem nenhuma identificação e não é reportado como desaparecido. Ao mesmo tempo, um sacerdote e sua esposa são encontrados mortos em um aparente duplo suicídio. Fredrika Bergman, juntamente com a equipe de investigação de Alex Recht, é encarregada de casos aparentemente desconexos. A investigação leva a uma rede de contrabando de pessoas: um novo agente a operar rotas de imigração ilegal a partir de Bangkok, Tailândia. À medida que a polícia desmantela o esquema, começa a se revelar uma trilha que remonta à década de 1980, a um crime não denunciado, mas cujas consequências irão muito além do que qualquer um poderia esperar.

Paisagem de outono

Em uma noite de outono, alguns pescadores descobrem um cadáver na praia do Chivo, em Havana. A vítima é Miguel Forcade Mier, brutalmente assassinado e abandonado em estado indescritível. Esse crime reviverá uma antiga trama de corrupções e ambições frustradas. Nos anos 1960, Forcade havia sido oficialmente encarregado da expropriação de bens artísticos apreendidos com a burguesia após a Revolução. Acumulou poder, influência e, certamente, não poucas invejas e ressentimentos, até que, em 1978, sem motivo aparente, Forcade decide buscar exílio em Miami. Pouco antes de seu assassinato, porém, retorna misteriosamente a Cuba, como se quisesse recuperar algo muito valioso de cuja existência apenas ele tinha conhecimento. Em um caso delicado como o que se apresenta, quem melhor para enfrentar o assassino do que o tenente investigador Mario Conde, uma raposa velha em tais assuntos e, ao que parece, com nada a perder?Mario Conde está prestes a completar 36 anos e pressente que uma fase de sua vida se encerra.

Máscaras

No dia 6 de agosto, quando a Igreja católica celebra a Festa da Transfiguração do Senhor, o corpo de um travesti é encontrado em meio ao denso arvoredo do Bosque de Havana, com o laço de seda vermelha de sua morte ainda atado ao pescoço. Para a frustração de Conde, encarregado do caso, aquela mulher “sem os benefícios da natureza”, vestida de vermelho, é Alexis Arayán, filho de um respeitado diplomata cubano. A investigação se inicia com a visita de Conde ao impressionante personagem do Marquês, homem das letras e do teatro, homossexual desterrado em sua própria terra, espécie excêntrica de santo e bruxo, culto, inteligente, astuto e dotado da mais refinada ironia. Pouco a pouco, o Marquês apresenta Conde a um mundo sombrio e povoado de seres que parecem todos conhecer a verdade sobre Alexis Arayán. Mas onde, em semelhante labirinto, Conde encontrará sua própria verdade?

Ventos de quaresma

Nos dias infernais da primavera cubana, em que os ventos quentes do sul coincidem com a quaresma e Mario Conde conhece Karina, uma bela mulher aficionada por jazz e sexo, o tenente investigador é encarregado de um caso delicado: uma jovem professora de química do colégio em que ele mesmo estudara anos atrás é assassinada em seu apartamento, no qual são encontrados vestígios de maconha. Ao investigar a vida da professora, de trajetória profissional e política imaculada, Conde entra em um mundo em decomposição, onde o arrivismo, o tráfico de influências, o consumo de drogas e a fraude revelam o lado sombrio da sociedade cubana contemporânea.

Passado perfeito

No primeiro fim de semana de 1989, uma insistente ligação arranca da ressaca o tenente investigador Mario Conde, um policial cético e desiludido. O Velho, seu superior na Central de Polícia, encarrega-o de um caso misterioso e urgente: Rafael Morín, executivo do Ministério da Indústria, está desaparecido desde o dia 1º de janeiro. Quis o destino que o desaparecido fosse um ex-colega de escola do tenente, um sujeito que já então, ainda que sempre dentro das regras estabelecidas, se destacava por seu brilho e autodisciplina. Como se não fosse o bastante, o caso colocará Conde frente a frente com a recordação de seu amor por Tamara, agora casada com Morín, e o tenente descobrirá que mesmo por trás do aparente passado perfeito em que Rafael Morín construíra sua brilhante carreira já se escondiam sombras.

A carta roubada

Monsier G., chefe de polícia parisiense, recebeu informações de que um importante documento fora roubado dos aposentos reais. Curiosamente a identidade do ladrão era conhecida, pois ele tinha sido visto pela própria vítima no pernicioso ato. A simples posse do documento por qualquer outra pessoa, e não a utilização dele, tornava refém a vítima, proeminente figura da realeza, cujo receio era a revelação do conteúdo da carta para uma importante terceira pessoa. Nossa, quantos segredos!!!

Mais uma vez Dupin tem êxito na elucidação de um crime utilizando a lógica dedutiva, neste caso um crime de honra com fins políticos. Além de ajudar Monsier G., consegue indiretamente devolver a paz ilibada à ilustre vítima real, receber uma recompensa e ainda vingar-se do tal ministro por um ato sofrido no passado. Aqui se faz, aqui se paga!

“A carta roubada” (1844) é o terceiro conto policial de Poe e o último caso a ser resolvido por C. Auguste Dupin.

o mistério de marie rogêt

“O mistério de Marie Rogêt” (1842) é o segundo conto policial de Poe e o segundo caso de C. Auguste Dupin. A história é baseada num fato real, o assassinato de Mary Cecilia Rogers. Diz-se que Poe, a exemplo de John Anderson, ex-patrão da vítima, ficou tão obcecado com o caso e sabia tantos detalhes do crime e da investigação que chegou a ser considerado suspeito na investigação, porém ambos foram totalmente ilibados por falta de provas.

O corpo de uma jovem é encontrado por pescadores boiando às margens do rio Sena em Paris. Embora não fosse a primeira vez que Marie Rogêt desaparecesse por alguns dias sem avisar a família, poucos dias antes dessa fatídica descoberta o segundo sumiço da moça é largamente noticiado na imprensa local e amigos da jovem e da família saíram à procura de Marie. Então um amigo é um dos primeiros a chegar à cena e reconhece a vítima de assassinato como sendo a linda Marie Rogêt. Quem é o assassino? Por que?

Uma família quase perfeita

“Uma família quase perfeita” (2019) é um romance do autor sueco M. T. Edvardsson. 

Um empresário de sucesso, filho de uma conceituada professora universitária de direito, é encontrado morto a facadas num parquinho infantil. Stella, uma jovem que acaba de completar 18 anos, filha de pai pastor e mãe advogada de defesa é acusada de cometer o hediondo crime.

Uma única testemunha confirma ter visto a jovem na cena do crime. Será essa testemunha confiável? Qual a história do homem assassinado? Terá Stella cometido crime tão violento? Qual teria sido o motivo? O que os seus pais serão capazes de fazer para evitar a sua possível condenação? 

“Uma família quase perfeita” é um espetacular thriller psicológico que traz à tona as importantes questões: quanto realmente conhecemos daqueles que nos são mais próximos? Quais pecados seríamos capazes de cometer para protegê-los?

A VIDA SECRETA DOS ESCRITORES

Em 1999, depois de ter publicado três romances que se tornaram cult, grande sucesso de crítica e público, o célebre escritor Nathan Fawles anunciou, para espanto de todos, que estava abandonando a carreira literária e se isolaria em Beaumont, uma ilha tranquila e paradisíaca no Mar Mediterrâneo.

Outono de 2018. Fawles manteve-se em absoluto silêncio, sem dar nenhuma entrevista ao longo destes vinte anos. Seus livros continuam a encantar e cativar cada vez mais leitores. Apesar da renúncia à literatura, seu sucesso só aumenta. É quando Mathilde Monney, uma jovem jornalista suíça fascinada pelo mistério, decide ira até a ilha para tentar desvendar este segredo.

No mesmo dia em que Mathilde chega a Beaumont, um corpo de mulher é encontrado na praia. As autoridades cercam a ilha e iniciam uma investigação. Começa então entre Mathilde e Nathan um perigoso jogo, no qual convivem verdades ocultas e mentiras assumidas, onde se chocam o amor e o medo.

CUSTE O QUE CUSTAR

Simon Greene tinha uma família perfeita até perder a filha mais velha (Paige) para as drogas. Depois de receber todo o apoio necessário na luta contra o vício Paige desapareceu com o namorado abusivo sem deixar vestígio.

Um dia Simon a reencontra no Central Park, em Nova York, tocando violão por uns trocados. Ela parece outra pessoa: está fora de si, assustada e claramente em perigo. Quando ele vai ao encontro dela lhe implorar que volte para casa, Paige foge mais uma vez.

Então ele faz o que qualquer pai faria: vai atrás dela e acaba entrando em um mundo sombrio e perigoso em que gangues de rua ditam as leis, drogas são a moeda corrente e assassinatos são acontecimentos corriqueiros.

Enquanto tenta resgatar a filha Simon se vê enredado em uma trama de mentiras que abre uma porta sombria para o passado. Em pouco tempo fica claro que não é só a vida de sua filha que está em risco, mas a dele próprio também.

LIVRAI-NOS DO MAL

Véspera de Ano Novo, 1999.

Sete mulheres estão reunidas num quarto de hotel; no centro do cômodo, a cabeça de um homem. Todas tinham motivos para desejar o fim de Jamie Spellman. Todas juram que não o mataram, mas nenhuma delas acredita nisso. A questão é que, para se protegerem, elas _precisam_ descobrir quem foi.

A ex, que afoga na bebida seu segredo mais sombrio enquanto a mulher que ama se distancia cada vez mais?

A esposa, vivendo seu casamento de conto de fadas numa casa no meio de um bosque tão denso que um grito morre antes de chegar aos ouvidos de alguém?

A viúva, rezando por um passado no qual não sabe mais se pode confiar?

A adolescente, cujo crush “perfeito” a aprisionou num futuro nebuloso?

A figura materna, dividida pelo embate natureza _versus_ criação e oprimida pelo peso da própria culpa?

A amiga, forçada a sempre tomar partido, até sentir o gosto amargo de tomar o partido errado?

Ou a jornalista, que as reuniu – mas subestimou até onde uma mulher é capaz de ir para continuar acreditando na história que lhe foi confiada?

Conforme a investigação avança, as conexões entre elas convergem, seus segredos são expostos, enquanto alternamos nossas suspeitas, devorando as páginas do livro até deparar com a revelação surpreendente das verdadeiras circunstâncias da morte de Jamie Spellman, um homem que controlou todas as narrativas – até um segundo antes do fim.

A BIOGRAFIA ÍNTIMA DE LEOPOLDINA

Leopoldina de Habsburgo é uma personagem decisiva na história do Brasil. No entanto, sua vida íntima é pouco conhecida. Esta obra revela o pano de fundo de suas experiências, desde sua infância como uma pequena arquiduquesa austríaca, durante as guerras napoleônicas contra a Áustria, até o Congresso de Viena, no qual se aventa seu casamento com o “tão belo quanto Adonis” príncipe do Brasil – país dos sonhos que ela estava predisposta a amar.

Baseada no que contam (e ocultam) as cartas de Leopoldina, em um tom intimista e em estilo semelhante ao da ágil escrita do vienense Stefen Zweig (falecido em Petrópolis), esta obra de Marsilio Cassotti é um relato sentimental e político, de transcendência europeia, mas ambientada no Brasil.

É a biografia de uma mulher excepcional, escrita com rigor histórico, que se lê como um romance.

A PACIENTE SILENCIOSA

Alicia Berenson tinha uma vida perfeita. Ela era uma pintora famosa casada com um fotógrafo bem-sucedido e morava numa área nobre de Londres que dá para o parque de Hampstead Heath. Certa noite, Gabriel, seu marido, voltou tarde para casa depois de um ensaio para uma revista de moda e, de repente, a vida de Alicia mudou completamente…

Alicia tinha pouco mais de trinta anos quando atirou no rosto do marido. Depois disso, nunca mais disse uma palavra.

A recusa da artista a falar ou a dar qualquer explicação transforma essa tragédia doméstica em algo muito maior – um mistério que atrai a atenção do público e aumenta mais a fama da pintora. Entretanto, ao mesmo tempo que seus quadros passam a ser mais valorizados que nunca, ela é levada para o Grove, um hospital psiquiátrico judiciário na zona norte de Londres.

Theo Faber é um psicoterapeuta forense que espera há muito tempo por uma oportunidade de trabalhar com Alicia. Ele tem certeza de que é a pessoa certa para lidar com o caso. No entanto, sua determinação para fazê-la falar e desvendar o mistério de por que ela atirou no marido o arrasta para um caminho tortuoso que sugere que as raízes do silêncio de Alicia são muito mais profundas do que ele jamais poderia imaginar.

E, se ela falar, ele será capaz de encarar a verdade?

A FILHA PERFEITA

“A filha perfeita” (2019) é um thriller psicológico que é um subgênero do suspense. As tramas dos thrillers psicológicos podem ter elementos de mistério, drama, ação e paranoia.

Embora não haja qualquer alerta no livro físico, é comum que os thrillers psicológicos apresentem gatilhos emocionais.

Hannah sempre quis ser mãe, mas, com o passar dos anos – e com todas as tentativas frustradas –, ela e Christopher decidem que é hora de tentar a adoção. É quando uma garotinha, Janie, aparentemente vítima de abuso infantil, é levada para o hospital em que trabalham. Apesar de não querer ter nada a ver com o caso, Hannah é convencida por Christopher a conhecê-la, e tempos depois a adotá-la como filha do casal – é impossível não se apaixonar por Janie.

Mas o que parecia a realização de um sonho se revela um verdadeiro pesadelo. Conforme o casal começa a lentamente desvendar partes do passado de Janie, o comportamento da criança torna-se cada vez mais perturbador, principalmente depois que Hannah finalmente consegue engravidar e dar à luz um saudável bebê.

Como Christopher se recusa a acreditar nas acusações da esposa a respeito da personalidade doentia de Janie, ela decide tentar resolver a situação por conta própria para salvar a sua família.

CABO DO MEDO

O advogado Sam Bowden é bem sucedido profissionalmente e tem uma vida familiar perfeita, daquelas de causar inveja aos mais elaborados comerciais de margarina. Ele vive feliz e despreocupadamente sem imaginar que a qualquer momento os laços familiares e tudo aquilo em que acredita será posto à prova.

Max Cady foi condenado à prisão perpétua pelo estupro de uma menina de quatorze anos, porém é libertado após cumprir 13 anos da sentença.

O que une o destino desses dois homens aparentemente tão opostos? Anos antes Sam Bowden foi um dos responsáveis pela condenação de Max Cady. Desde então Cady dedicou-se a engendrar a vingança contra o seu suposto algoz. Contudo Cady não quer apenas se vingar de Sam. Ele quer aterrorizar a família, destruir tudo o que é mais importante para Sam.

Até que ponto estamos dispostos a ir quando a segurança daqueles que mais amamos está em risco? Somos capazes de esquecer o certo e o errado em situações extremas?